Entrevista com uma jovem ativista iraniana: “COM O DISCO RÍGIDO CHEIO DE SOCCIALISMO”

Portuguese translation of "With the hard disk full of socialism" (June 15, 2005)

“Se você tivesse nascido no Irã, permaneceria trabalhador pelo resto a vida”, diz Roza Javan. Ela tem 23 anos de idade, é esbelta, com braços e pernas delicados, mas com mais energia e carisma do que qualquer outra pessoa que encontremos em todo o Irã.

Talvez sua história seja única em todo o Irã; talvez não.

Roza Javan provém de  uma cidade calorenta da parte central do país. Sua família mora no térreo de uma casa simples; seu carro modelo  1974 dá partida com uma chave de fenda em vez de sua chave normal. Seu pai sempre trabalhou na indústria têxtil.

Roza tinha nove anos de idade, quando seu genitor foi demitido de uma fábrica onde trabalhava havia anos.

“Ele recusara em ir para a guerra (a) e sempre retrucara às investidas do capataz. Mas no momento em que foi demitido ele gritou  para o capataz: “Eu terei meu emprego de volta!” Quando nada aconteceu, recorreu à justiça local. O juiz ofereceu-lhe uma importância insignificante  como compensação,  mas ele se recusou aceitar qualquer soma em lugar de seus salários. Após seis meses de luta, finalmente obteve o emprego de volta. Foi então que o feitor, contrafeito, o deixou de lado.”

Roza Javan continua a falar de seu pai e diz que ele costumava sempre voltar para casa e maldizer a empresa em que trabalhava. Desde que esta foi estatizada, suas queixas visavam ao estado e ao “Imã”, o cognome honorífico do Khomeini (b).

“Nas vezes que eu o ouvia praguejar, eu costumava arrancar folhas de  meu caderno de notas e fazer folhetos com o slogan “marg bar Jomhourie Islamie Iran”, ou seja, “abaixo a República Islâmica do Irã”. Em seguida, colocava as folhinhas por baixo das portas dos vizinhos, tocava as campainhas e fugia rapidamente. Desde criança sempre fui política. Aqui no Irã, as crianças pobres sempre falam de política na escola e em casa, atentam para as notícias e procuram ler jornais.

Roza nasceu dois anos após a revolução (c) e cresceu à sombra da guerra entre o Irã e o Iraque. O acontecimento tornou sua infância literalmente amarga.

‘Quando entrei para a escola todas as jovens eram forçadas a usar um chador preto (pedaço de pano que cobre todo o corpo e para usá-lo a mulher necessita passá-lo por sobre a cabeça e segurá-lo sob o queixo com uma mão ou entre os dentes; a palavra chador significa tenda). Meus sapatos e todas as demais peças eram pretos, inclusive minha bolsa escolar, à semelhança de uma sacola de senhora idosa. Até mesmo agora quando vou às compras, instintivamente inclino-me a escolher roupas escuras  e não coloridas – não porque as aprecie, mas por causa de hábitos arraigados.”

A década de 1980 representou o  período anterior às reformas, quando a Revolução Islâmica encontrava-se em sua fase mais radical. A vida social das pessoas girava muito mais em torno dos feriados religiosos em memória dos imãs xiitas do que hoje; acima de tudo do imã Hussein (d), cultuado  por homens que se flagelam e pranteiam durante a ashura, o mês da aflição.

“Éramos sempre forçados a participar das orações da escola,  do contrário as jovens teriam notas inferiores e os jovens seriam punidos. Os professores impediram uma jovem bahaista (e) de freqüentar a escola porque ela não queria orar. (As pessoas no Irã crêem numa religião introduzida por um iraniano de crença muçulmana chamado Baha-Allah que se afastou do islã). Ela era minha amiga íntima... Não havia música que se pudesse escutar; tudo na TV era tristeza, tristeza e só tristeza e sobre o Imã (f) todo tempo e sobre  a guerra. “Deus  ama aqueles que lamentam!” “Foi assim que fomos criados.”

Roza Javan conta-nos sua história perpassada de intensa introvisão; é como se todo o seu corpo vibrasse com seus anseios de auto-expressão. Quando gesticulava, ela se pôs de pé várias vezes, para que pudesse gesticular mais livremente. Ela  quase que não notava que a fotografávamos  no parque onde estávamos sentados. Uma vez ou outra, ela compreendeu que falava muito alto e olhou em volta, mas acalmava-se ao notar que apenas estudantes estavam sentados e estudavam no local.

Ela riu longamente antes que pudesse contar a estória acerca do que ensinavam às jovens de sua classe fazer quando alguém bate à porta. Se seu pai ou um irmão estiver em casa, evidentemente é um deles que deve atender – mas se uma jovem estiver sozinha em casa?

“Meu professor disse-nos deveras seriamente que podia ser um estranho à porta e por esta razão devíamos ser muito cuidadosas, pois que a voz de uma mulher é tão meiga e agradável que facilmente seduz um homem. Daí porque se devia enfiar profundamente um dedo no canto da boa a fim de mudar a voz e torná-la grave quando perguntasse “kie”? (Quem é?). Se não fizer assim o homem se tornará libidinoso!”

Bem, um dia chegou Khatami (g).

“Ele começou dizendo que todo mundo seria mais livre. Teríamos liberdade para ir e vir e falar abertamente. Eu tinha, então, dezesseis anos de idade e desejava que tudo melhorasse. Imediatamente comecei a defender Khatami e agitei pela escola. Tanto que  meus amigos e eu nos metemos numa briga com rapazes. Terminou numa refrega – todos batendo uns nos outros.”

Depois da escola secundária, a meta de Roza era ir para a universidade. No Irã para que se possa entrar na universidade tem-se de submeter a um vestibular que se denomina “konkour” e nele ser aprovado com nota alta; a maior parte das pessoas estuda o ano todo com esta finalidade, em busca de aprovação  e muita gente tem de enfrentá-lo várias vezes antes de conseguir passar. Roza Javan conseguiu aprovação no primeiro teste e entrou para a universidade.

“Quando comecei a freqüentar a universidade, compreendi que a maioria da garotada que se tinha  matriculado vinha de famílias da classe média. Comparei-me com meus colegas e entendi que tinha trabalhado arduamente  duas vezes mais que eles pelo “konkour”, no entanto obtendo resultado idêntico aos deles. Eles podiam dar-se ao luxo de pagar lições particulares especialmente adaptadas às provas do tal exame. É a economia do mercado. Suponha-se que vamos correr 100 metros e você pagou algumas lições de treinamento antes da competição. Quem pensaria que ia ganhar? É a classe média eliminando a classe trabalhadora. As únicas universidades no Irã que filhos da classe trabalhadora têm a chance de freqüentar são as estatais. Mas o número delas é cada vez menor e as universidades privadas surgem constantemente em cada vez maior número. Desta forma, a competição torna-se mais difícil. “

As matérias prediletas de Roza Javan  eram sociologia e filosofia, mas obter um título nesses campos não oferece a oportunidade de obter o próprio  sustento. Viu-se forçada a estudar química, “você tem de seguir o caminho que surgir diante si”. Em sua classe, apenas 2 estudantes em cada 25 escolheram química  porque gostavam da matéria.  O restante ficou deprimido ante a idéia  de uma vida sem liberdade e alguns recorreram às drogas. 

Roza Javan  descobriu a Internet na universidade. Começou lendo páginas da web onde pessoas escreviam sob pseudônimo para que pudessem discutir livremente. Antes, ela tinha lido apenas livros da censurada biblioteca da República Islâmica; a Internet significa uma liberação. Ao mesmo tempo, ela entrou em contacto com o movimento feminista, juntou-se a um grupo que mantinha acaloradas discussões sobre o casamento e os direitos das mulheres,  e acompanhava eventos políticos no país e logo, desiludida, começou a ver a realidade de Khatami.

“Quando o primeiro estudante morreu no decorrer dos protestos  de 1999, Khatami não  moveu uma palha. Os estudantes que levavam seu retrato com ardor o abandonaram. Desde que Khatami se tornou presidente, a situação dos pobres em nada melhorou. Pelo contrário, piorou. Nossa geração não tem empregos;  chegou-se às drogas e mesmo que consiga trabalho, este não bastará para cobrir suas despesas. Os aluguéis estão por volta de 100.000 rials (h) enquanto os salários chegam a 150.000 rials por mês; um quilo de carne custa 7.000 rials; as roupas são caras, os táxis e as passagens de ônibus  também,  Enfim, tudo caro.

À altura do segundo ano de Roza na universidade, todas as discussões tinham arrefecido. O desapontamento espalhou-se na forma de pesado silêncio,   diante do fato de que  nada resultara das promessas de Khatami. Mas Roza Javan continuou a visitar a biblioteca universitária, retirando livros das estantes e os lendo à toa.

Certo dia, ela tomou um livro da estante sobre ideologias políticas de A a Z.

“Eu li acerca de diferentes gêneros de ideologias: liberalismo, pragmatismo e conservadorismo. Quando cheguei a socialismo devorei todas as palavras – era isto tudo o de que sempre precisara! Era isto em que sempre  acreditara, sem nem mesmo saber porquê! Excitei-me fortemente e passei uma vista de olhos no livro, em seguida sentando-me ao computador na busca de “socialismo” na Internet. Uma porção de links (ligações) surgiu em língua persa o que me tornou mais exaltada.”

Roza Javan  endereçou mensagens eletrônicas para todos os grupos socialistas iranianos que pôde encontrar. Chegou ao total de quinze mensagens, a maior parte fora do país. Ela recebeu apenas duas respostas, uma das quais de compatriota residente num país nórdico que tomou seu tempo para responder-lhe as questões.  Trocam mensagens com bastante intensidade, e hoje ela o apelida de seu “mentor”. Ela tentou encontrar toda a literatura socialista existente em persa.  Percorreu todos os capítulos do Capital, Grundisse (i), Os Manuscritos Econômicos e Filosóficos, As Teses de Feuerbach, e o Anti-Dühring, de Engels. No quarto da casa onde mora, ela zelosamente  põe em posição de destaque todos os volumes que tem conseguido comprar. Não tem feito notas ou dobras em suas folhas.

“Não ouso fazer  qualquer anotação para mim nestes livros porque eles são muito caros. À medida que os vou lendo, tomo notas num caderno ao lado. Marx é de difícil compreensão, e algumas vezes ele entra  em sua cabeça por um lado e  sai pelo outro. Desta forma eu faço como quando estudo química; transcrevo as fórmulas ao lado. Não teria compreendido bastante, não fosse graças à Introdução à Teoria Econômica, de Ernest Mandel (j)que li quatro vezes.  Mas aprecio sobretudo o Manifesto;  é bem radical e Marx e Engels  eram jovens quando o escreveram”. 

Um prazer incisivo emana dos olhos de Roza quando fala da literatura marxista. Afirma que ainda não compreendeu tudo e que envia suas indagações a seu mentor –“mas sou forte nas explicações da  Teoria da mais-valia! Se um operário necessita de seis horas para fazer jus a seu salário....”  Não nos lembramos da última vez que encontramos tamanho comprometimento. Ela parece fervilhar em sua sede de conhecimentos; faz perguntas e necessita saber de tudo acerca da esquerda sueca; pediu-nos para anotar em seu caderno as palavras “bizarro feminismo”.

No início, Roza Javan sentiu-se isolada como socialista.

“Desejo proclamar a todos em minha volta que me tornei socialista. Quero anunciar-me usando a cobertura de meus livros. Desenhei um retrato de Marx e o prendi no atacador de meu caderno de notas, depois,  passando por alguém no corredor, baixaria o braço a fim de o retrato fosse visto. Não podia abandonar a idéia de conseguir um marcador e dar voltas pela privada e escrever “abaixo o capitalismo nas paredes!” Na porta de entrada para meu corredor preguei um texto de Rosa de Luxemburgo relacionado com economia e continuei fazendo a mesma coisa até informar meu mentor sobre isto. Ele irritou-se comigo.”Matam-se socialistas no Irã; em 1988 o regime executou milhares de esquerdistas – você enlouqueceu? ”Então decidi tornar-me mais discreta. No entanto já era tarde, pois todos ao meu redor já sabiam...”

Roza Javan descobriu seu socialismo apenas alguns meses antes do 1º de Maio de 2004. Soube das demonstrações do Dia Internacional do Trabalho em Teerã e decidiu-se ir ate lá. Algumas semanas antes do 1º de Maio, Roza Javan resolveu criar umas poucas mentiras criveis com o propósito de obter permissão para viajar. Partiu a Teerã passando pelo distrito industrial entre a capital e Karaj e deparou-se com a visão de trezentos operários que se perfilavam para uma demonstração na rodovia principal.

“O primeiro  comunista que encontrei, por ele me apaixonei! Era o Sina com quem agora estou casada. Circulei pela demonstração de olhos arregalados sem saber quem deveria mirar ...”

Desde então Roza Javan tem estado ativa no movimento operário iraniano.

Mas algumas de suas expectativas ainda não se realizaram

“Na qualidade de uma jovem senhora, sempre tive de lutar a meu modo  para introduzir-me no círculo que lidera os trabalhadores progressistas. É composto quase somente de homens, e por  vezes eles assumem atitude condescendente durante as discussões: “Que está fazendo aqui, é você realmente trabalhadora?” Quando lhes peço opiniões sobre a revolução, não consigo resposta satisfatória. ‘O que você quer dizer quando fala de ‘abolir o trabalhão assalariado? O que isto significa? Ou vocês trabalham e recebem salários ou trabalham  e são pagos com um frango e uma bolsa de arroz. É isto que vocês querem?’ Eles não sabem responder a esta indagação, eles não evidenciam o que querem expressar.

Ao mesmo tempo, Roza Javan critica o que chama de “feminismo da classe média” no Irã: as mulheres de alto nível de instrução se contentam em discutir seus direitos no seio da estrutura matrimonial. Ela fez seu marido assinar uma pilha de papéis – sobre direitos iguais para solicitação do divórcio, seu direito de viajar sem permissão do esposo e muito mais – mas  acredita firmemente que o feminismo não devia restringir-se a isto.

“As feministas da classe média estão apenas interessadas na igualdade com seus próprios esposos. Elas não cuidam de fazer contactos  com mulheres da classe trabalhadora ou de cooperarem com estas, a despeito do fato de que mulheres desta classe sofrerem as conseqüências de uma opressão muito pior. Economicamente dependem inteiramente de seus maridos e nada podem fazem fazer se são vítimas de estupros ou outros  abusos, por não disporem de segurança social.”

Hoje Roza Javan gasta algumas horas do dia diante de se computador, cujo disco rígido está cheio de materiais que ela baixou do Marxist Internet Archives (l), links de páginas de esquerda em sua língua natal, endereços eletrônicos de iranianos mundo afora, seus próprios relatos e artigos  de toda espécie de coisas – desde o significado do massacre em Khatoon Abad (m) às deficiências políticas de Shirin Ebadi (n), ganhadora do prêmio Nobel da Paz. Sem dinheiro para adquirir uma impressora, seus olhos ficaram irritados de tanto ela ler diretamente no monitor.

Agora, ela é editora de um site para jovens socialistas iranianos.

“Há muitos estudantes que se tornaram curiosos a respeito do socialismo e começaram a pensar nesta mesma linha após perderem suas ilusões em Khatami.  Mas não recebem nenhum estímulo! Não sabem para que direção se voltar; não há organizações em sua busca; têm dificuldade em encontrar outros de pensamento idêntico ao deles.  Como resultado da ditadura, tudo acomodou-se.”

“Milhares de novos universitários, já diplomados, deixam o país cada ano. É provavelmente o meio popular de demonstrarem seu desapontamento quanto à democratização que nunca  aconteceu – mas para Roza Javan esta alternativa é impensável.

“Quando eu era mais jovem, meu maior sonho era tomar meu hijab (o), vestir uma saia curta e correr ao ar livre com minha cabeleireira esvoaçando livremente. Nem mesmo tal  sonho pequenino pode realizar-se em nosso país. Mas vou permanecer aqui. O de que necessitamos é de uma revolução, de forma que nós mulheres e trabalhadoras possamos conquistar cem por cento  nossass justas reivindicações”

Nota - Esta entrevista foi originariamente publicada no nº 51-53, 2004, da revista sueca Arbeitaren sob o título “Com o disco rígido cheio de socialismo”.  

Tradução de Odon Porto de Almeida.


N. do trad. – a) Referência à guerra sangrenta entre o Iraque e o Irã, de 1980 a 1988. iniciada  por Saddam Hussein sob instigação do imperialismo ianque. (b) Ruhollah, KHOMEINI (ca.1900-1989) , filho e neto de mulás (sacerdotes xiitas). Educou-se em escolas islâmicas. Aclamado aiatolá, ou grande líder religioso, na década de 1950. A partir de 1963, passou a criticar o regime tirânico  iraniano do xá Mohamed Reza Pahlevi (1919-1980) que o perseguiu, indo residir no Iraque. Expulso por Saddam Hussein em 1978,  mudou-se para os arredores de Paris, donde divulgava mensagens diárias contra o xá. Estas proclamações eram gravadas e levadas para o Irã. Em janeiro de 1979, diante de uma revolta popular, Reza Pahlevi abandonou o poder e Khomeini foi proclamado líder da revolução em fevereiro do mesmo ano. Inaugurou-se, então, um poder teocrático hostil, simultaneamente aos Estados Unidos e à União Soviética. Tentou exportar o fundamentalismo islâmico. Até sua morte, em junho de 1989, manteve o domínio sobre o povo iraquiano. (c) Movimento contestatório de caráter teocrático realizado pelos ativistas religiosos mujtahjids (“cruzados”) cujo mentor foi o aiatolá Ruhollah Khomeini. Derrubou a reacionária e corrupta  dinastia Pahlevi, aliada dos Estados Unidos em janeiro de 1979. Inaugurou uma política  anti-ocidental e de aplicação estrita das leis alcorânicas. Perseguiu os comunistas, considerando-os “inimigos de Deus”. (d) (624-680), neto de Maomé. Morto numa das lutas fratricidas entre dinastias religiosas muçulmanas (e) Adepto da fé Bahai, de intenção ecumênica e derivada do islamismo. (f) No islamismo é o de encarregado de dirigir as orações nas mesquitas. É também o título dos descendentes de Maomé entre os sunitas e, entre os xiitas, dos descentes de Ali.  (g) Mohammad Khatami nasceu em 1941. Foi eleito em 23.5.1977 com aproximadamente 70% dos votos.Inicialmente, obteve grande apoio dos jovens. (h) Moeda do Irã dividida em dinars. (i) Enorme obra escrita entre 1857 e 1861. Transformar-se-ia, em 1859, em Uma Contribuição à Crítica da Economia Política e, oito anos fundamentou o Capital. (j) Nasceu em 05/04/1923 e faleceu em 20/07/1995. Economista e militante trotskista belga. Ainda muito jovem, como participante da resistência contra os ocupantes nazistas de sua pátria, foi preso pela Gestapo, conseguindo, porém, fugir para continuar a luta clandestina.  Proferiu palestras no meio universitário brasileiro. Autor de várias obras, algumas das quais traduzidas para o português. (l)  Organização sediada nos Estados Unidos para divulgação de estudos marxistas através de seu website e por meio de CDs e DVDs (m) Massacre de operários por policiais do regime reacionário iraniano ocorrido em 24/01/2004, quando operários de uma fundição de cobre protestavam contra suas demissões. Pelo menos 7 trabalhadores foram mortos. (n) Nasceu em 1947. Formada em direito. Primeira juíza em sua pátria, antes da revolução islâmica de 1979. Com a adoção da xaria, viu-se obrigada a abandonar a magistratura. Tem participado da luta pelos direitos humanos e das crianças. Esteve presa devido a sua militância política. (o) Pano tradicionalmente usado pelas mulheres muçulmanas para cobrir  a cabeleira, parte do corpo considerada por demais erótica no mundo islâmico. 

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