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Na madrugada de 1 de outubro, o exército israelita atravessou a fronteira do Líbano e iniciou uma invasão terrestre do país, após duas semanas de pesados ataques aéreos. Trata-se de uma guerra profundamente reacionária, apoiada e financiada pelo imperialismo norte-americano e Ocidental, que ameaça engolir todo o Médio Oriente numa guerra aberta, que poderá durar anos e deixar um sofrimento angustiante. 

Apenas um minuto depois da meia-noite de 13 de setembro, 33 mil filiados à Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) dos Distritos 751 e W24 abandonaram o trabalho e montaram piquetes. É a primeira greve desde 2008 na Boeing, a gigante aeroespacial que emprega 66 mil trabalhadores em todo o estado de Washington e mais de 171 mil em todo os EUA.

Quando as divisões entre os marxistas russos entre “bolcheviques” e “mencheviques” surgiram pela primeira vez, no 2º Congresso do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), em 1903, elas permaneceram confinadas a diferenças secundárias sobre questões organizacionais. Somente com a Revolução de 1905 surgiram verdadeiras diferenças políticas, como Lênin explicou em seu brilhante panfleto daquele ano, “Duas Táticas da Social-Democracia na Revolução Democrática”. Mais do que qualquer outra coisa, guerra e revolução revelam diferenças políticas com clareza cristalina.

Pelo menos nove pessoas foram mortas — incluindo uma menina de 10 anos — e mais de 2,8 mil ficaram feridas, muitas delas em estado crítico, quando os pagers que carregavam explodiram, em um ataque coordenado sem precedentes contra o Hezbollah no Líbano. Autoridades americanas disseram que Israel estava por trás do ataque, que estava sendo preparado há meses e que acontece enquanto o gabinete de Netanyahu acaba de votar para ampliar os objetivos da guerra, visando incluir o retorno daqueles que foram deslocados do norte do país para suas casas, o que é um código para lançar uma invasão do Líbano.

A recuperação dos corpos de seis reféns, mantidos pelo Hamas em Gaza, pelo exército israelense no último fim de semana, levou a uma explosão de raiva, direcionada contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Centenas de milhares foram às ruas no dia 1º de setembro em manifestações massivas em Israel. O país foi paralisado por uma greve geral convocada pela Histadrut (a Organização Geral dos Trabalhadores em Israel) na manhã do dia 2. Os manifestantes responsabilizam Netanyahu pela morte dos reféns, dada sua sabotagem flagrante e constante das negociações com o Hamas. Esta é uma crise política muito séria que pode levar à remoção do primeiro-ministro israelense.

Após sete semanas de atrasos e de uma série de “consultas”, o presidente francês Macron anunciou no dia 05 de setembro a nomeação de Michel Barnier, do tradicional partido de centro-direita Les Républicains (LR), como primeiro-ministro da França. Este ficou em quarto lugar nas eleições legislativas onde a Nova Frente Popular (NFP) de esquerda ganhou a maioria dos assentos.

A derrubada revolucionária do regime de Hasina desencadeada pelos estudantes, e seus protestos corajosos, abriu as comportas para uma nova onda de luta de classes em Bangladesh. A revolução avança!

Originalmente publicado a 16 de Agosto, só agora nos foi possível reproduzir em português este artigo. Contudo, os últimos desenvolvimentos no campo de batalha, nomeadamente no Donbas, tornaram ainda mais urgente a publicação deste texto verdadeiramente presciente.

O capitalismo é um sistema doente que sobreviveu ao seu prazo de validade há muito tempo. Na época de seu declínio senil, ele gera guerra, racismo, pobreza e fome. O imperialismo, o estágio mais alto do capitalismo, é caracterizado pela luta entre diferentes gangues de ladrões capitalistas pela partilha da pilhagem. Hoje, à medida que a pilhagem diminui sob o impacto da crise do capitalismo, sua luta se intensifica e vemos um impulso renovado em direção ao militarismo e à guerra.

Desde que a maré revolucionária varreu Sheikh Hasina, há uma semana, as massas, lideradas pelos estudantes, continuaram a mobilizar-se. Os comités têm-se expandido pelo país – especialmente, mas não exclusivamente, entre os estudantes. Em muitos lugares, substituíram as funções do Estado. A classe dominante está suspensa no ar. Existe uma espécie de duplo poder. Mas a revolução enfrenta agora novos perigos – não só de conspirações da Liga Awami deposta, que continuam, mas de confusão quanto ao rumo a tomar.

O assassínio do principal líder e principal negociador do Hamas, Ismail Haniyeh, quando se encontrava em Teerão, no Irão, faz parte de uma tentativa cínica do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de provocar uma escalada do conflito no Médio Oriente apenas para se manter no poder. Para isso, ele pode contar com a cumplicidade do imperialismo ocidental, o que lhe permite permanecer no cargo como seu principal aliado confiável na região.

As massas revolucionárias derrubaram Hasina, encerrando seus 15 anos de governo brutal! Enquanto escrevemos estas linhas, milhões de pessoas desceram às ruas em Dhaka, com outros milhões mais esperados no decorrer do dia. As massas tomaram posse da residência da primeira-ministra. Às 14h25, horário local, Sheikh Hasina e sua irmã foram levadas de avião para a base da força aérea em Kurmitola, e de lá fugiram do país. Mas há conspirações em andamento no exército para roubar a vitória do povo. As massas devem estar mais vigilantes agora do que nunca! Dizemos: todo o poder aos comitês de trabalhadores e estudantes!

Desde o fim de semana, os eventos em Bangladesh se moveram à

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As massas revolucionárias derrubaram Hasina, pondo fim aos seus 15 anos de governo brutal! Enquanto escrevemos estas linhas, milhões de pessoas já desceram sobre Daca, com milhões mais esperadas ao longo do dia. As massas tomaram posse do Ganabhaban (a residência oficial da Primeira-Ministra). Às 14h25, hora local, Sheikh Hasina e a sua irmã foram levadas para a base aérea de Kurmitola, de onde deverão fugir do país. Mas há conspirações no exército para roubar a vitória do povo. As massas devem estar mais vigilantes do que nunca! Nós dizemos: todo o poder aos comités de trabalhadores e estudantes!