(Abre) Prosseguindo a série de atividades feitas por Alan Woods no Brasil, foi realizada a Conferência Pública do dirigente da CMI no SindPetro RJ. A conferencia foi iniciada com uma saudação do coordenador do Sindicato, Cancela.
Ele que explicou a luta do SindPetro pela Petrobras 100% estatal e como isso poderia beneficiar o povo pobre brasileiro. Cancela mostrou dados aonde podemos ver que o dinheiro obtido com o pré-Sal poderia ser utilizado para concertar uma boa parte das mazelas da educação e saúde que afligem o povo e da necessidade da unidade de todos em torno desta luta.
Antes da Conferencia estava realizando-se a reunião da Chapa 1 que concorre ao Sindicato, chapa da qual participa a Esquerda Marxista. Vários integrantes da Chapa, apesar do cansaço do trabalho e da reunião, ficaram para participar e ouvir o camarada Alan. Uma presença grande de jovens, de professores e outras categorias, além de companheiros da direção nacional do PCB, inclusive o seu Secretário Geral, Ivan Pinheiro.
A Mesa dos trabalhos foi composta por Luiz Bicalho, do Comite Central da Esquerda Marxista, por Fernado Leal, Petroleiro, membro da chapa 1 e da Esquerda Marxista e pelo camarada Alan Woods.
Alan iniciou a sua palestra explicando que durante vários anos, pelo menos duas décadas, todos os jornais, meios de comunicação, tudo que a burguesia produzia, explicava e martelava é que o socialismo acabou, que a história tinha chegado ao fim com a destruição da URSS e que o reino do livre mercado traria felicidade e bem estar para todos. Ao final, a realidade do capitalismo, como Marx explicou, se impôs: a crise de 2008 trouxe a tona todas as cenas de miséria, de fome, de destruição e de guerra produzidos pelo capitalismo.
Alan relembrou que a Revolução nos países Arabes não foi um raio no ceu azul. Na Europa, milhares de greves varreram o velho continente. No Egito, uma onda de greves tinha acontecido durante vários anos. E, além disso, precisamos lembrar que isto não é uma revolta no “mundo árabe”. A greve em Wisconsin mostra que a revolução não conhece fronteiras: numa cidade com uma população de 200 mil pessoas, 100 mil pessoas participaram de uma manifestação e da ocupação do legislativo local (Capitólio).
Isto não quer dizer que teremos a bandeira vermelha hasteada na Casa Branca nos próximos dias, mas que os trabalhadores estão se revoltando em todo o mundo. A revolução não parou com a derrubada dos dois ditadores (Egito e Tunisia) e com a intervenção imperialista na Líbia, mas ela continuará e passará por vários fluxos e refluxos.
Ao final Alan lembrou que o essencial em uma revolução é a necessidade de termos um partido revolucionário, um partido bolchevique, de unificarmos os socialistas e comunistas em um forte partido que seja a direção da luta. Alan convidou então os presentes a se unificarem com a CMI, com a esquerda marxista e ajudarem a construir este partido.
Seguiu-se um debate rico, com intervenções e perguntas respondidas posteriormente pelo Camarada Alan.
Source: Esquerda Marxista (Brazil)