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Em 14/01 o levante revolucionário das massas na Tunísia fez história. Tal foi a intensidade da revolta que o ditador Ben Ali teve que fugir do país que governou durante 23 anos. Depois de seu "amigo" Sarkozy negar asilo, foi aceito pela monarquia saudita.

À luz dos recentes acontecimentos no Egito, onde uma turba de policiais à paisana e mercenários organizou uma série de ataques contra o povo revolucionário que ocupa o centro do Cairo, Alan Woods analisa a situação e as relações de Mubarak com os EUA.

Na manhã de 1º de fevereiro, pouco antes de imagens da rede de TV Al Jazeera mostrarem 2 milhões de egípcios em comício no centro do Cairo, o camarada Alan Woods escrevia as linhas que seguem, com uma análise marxista ácida e perspicaz.

Depois de um silêncio muito criticado, Mubarak finalmente se pronunciou sobre os protestos que o povo tem feito contra ele. A reação inicial do povo foi de raiva. Recebemos esta carta de um socialista egípcio escrita logo após o pronunciamento do ditador.

O levante popular contra o governo Mubarak continua. Na manhã de domingo o sol avermelhou mais um dia tenso após uma noite de manifestações de massa e protestos que fizeram do toque de recolher uma piada. Esse fato surpreendente expõe a situação real.

Cinco dias de revolução e o movimento continua a crescer em tamanho e em intensidade. Na última noite, o toque de recolher foi ignorado e hoje há mais pessoas nas ruas do que ontem. Um novo toque de recolher foi decretado a partir das 16h (horário egípcio), mas este é tão inútil quanto o primeiro. Antes mesmo do toque de recolher iniciar, um número ainda maior de manifestantes estava tomando as ruas.

As chamas da fúria estão se espalhando por todo o Egito, e nada pode detê-las. O destino do regime de Mubarak está na corda bamba. Hoje (28/01) houve confrontos violentos nas ruas do Cairo e de outras cidades egípcias – a luta pelo poder entrou numa nova fase. Os protestos foram convocados após as orações de sexta-feira. O regime alertou: todos os protestos serão reprimidos com força total por parte do Estado. O palco estava preparado para um confronto dramático.

As manifestações de massa exigindo a renúncia do presidente Hosni Mubarak continuam intensamente desde terça-feira em várias cidades, incluindo Cairo e Suez.Fontes do Debkafile* informam que a situação do Cairo na quarta-feira foi extremamente tensa após milhares de manifestantes saírem às ruas e percorrerem o caminho da Praça Tel Talat Harb até a Praça da Libertação no centro da cidade, onde 30 mil manifestantes haviam protestado na terça-feira.

O dia 26/1 foi marcado por manifestações ainda mais massivas em toda a Tunísia contra o Governo de ‘Unidade Nacional’, cujos principais ministros provêm do odiado governo do ditador Ben Ali, que foi forçado pelas massas a fugir do país duas semanas antes.

Uma tensa calma paira sobre o Cairo após os atos de ontem. Mas a trégua não durará. À noite, em protesto à violência policial, cerca de 15 mil pessoas permaneceram na Praça da Libertação. A mídia fala de 3 mortos, 1 policial. O número real pode ser maior.

Acontecimentos dramáticos estão se desenvolvendo no Oriente Médio. Hoje (terça-feira), o Egito foi sacudido por uma onda de manifestações em todo o país exigindo o fim do regime de Mubarak, que oprime o povo dessa admirável nação já há quase 30 anos. Este foi o maior movimento de protesto que o Egito já viu em décadas. No Cairo e em outras cidades, milhares de manifestantes anti-governo saíram às ruas e lutaram contra a polícia.

O movimento revolucionário do povo tunisiano é uma inspiração e exemplo para todo o mundo. Há mais de uma semana a Tunísia está vivendo uma revolução de dimensões épicas que acaba de derrubar o ditador Zine al-Abidine Ben Ali depois de 23 anos no poder.

Este texto inclui um relato sobre um debate acontecido em Cuba no final do ano passado. Trata-se de um tema candente para todo revolucionário e socialista, tendo em vista as últimas medidas tomadas pelo governo Cubano, dirigido por Raul Castro. No dia 03 de novembro, teve início em Havana uma conferência de três dias sobre o “Socialismo do Século XXI” que foi organizada pelo centro de estudos “Cuba, teoria e sociedade”, sob patrocínio do Instituto de Filosofia de Havana. Entre um pequeno número de convidados estrangeiros esteve o editor do site “In Defense of Marxism” (marxist.com), Alan Woods. Publicamos aqui o relato escrito por Alan em

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