Há 45 anos atrás o Movimento das Forças Armadas, com o apoio dos trabalhadores portugueses, conseguiram por fim à “longa noite”, e derrotar a ditatura fascista que predurava já há 48 anos em Portugal face a uma oposição generalizada ao regime que já há muitos tempo estava por cair.
Nos anos da ditatura a classe trabalhadora foi explorada como nunca antes. O desemprego e a mísera vida no interior empurrava os campesinos para as cidades sobrelotadas, que se enchiam de autênticas favelas, de doença e pobreza generalizada. As mulheres em particular recebiam salários muitos inferiores aos dos homens, sem direito à maternidade, sem direito ao voto livre. Qualquer oposição ao regime era abafada pela PIDE com exilios, prisão, tortura ou morte.
A burguesia utilizou o fascismo como arma para destruir as organizações dos trabalhadores. E o fascismo foi uma arma de confiança enquanto capaz de impor, através da a violência, o poder e a ordem do capital tanto em Portugal como nos territórios colonizados.
Porém, o 25 de Abril de 1974, não representou somente o fim da ditadura senão também a inauguração de um intenso período revolucionário de 19 meses, onde as massas trabalhadoras entraram em cena. Mais do que o papel do MFA em derrubar o regime, foi a acção dos trabalhadores portugueses em luta, que fizeram o “25 de Abril”.
A formação de comissões de trabalhadores nas fábricas e empresas que saneavam os elementos afetos ao regime, que ocuparam fábricas e instituiam auto-gestão; as comissões de moradores que ocuparam edificios para habitar familias necessitadas, para criar creches públicas e associações culturais; os trabalhadores em greve que lutavam incessantemente por condições de vida dignas – esta é uma prespectiva raramente falada pelas classes dominantes ou pela comunicação social. É claro, pois querem abafar esta memória de luta, onde os trabalhadores portugueses “tocaram os céus”.
A rica história da revolução portuguesa deve servir de inspiração e reflexão para todos os portugueses hoje, na sua luta por uma vida digna!
Viva o 25 de Abril!
Viva a Revolução Portuguesa!