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Após quatro dias de debates, atividades culturais e formações políticas, os jovens que participaram do Acampamento Revolucionário 2018, em Florianópolis, saíram com a certeza de que uma revolução socialista é possível e necessária. O desafio que surge a partir do evento, ocorrido de 25 a 28 de janeiro, é o de transformar todo esse aprendizado em ações práticas em cada escola e universidade do país.

O interesse no socialismo disparou nos últimos dois anos. Milhões de pessoas anseiam por mudança e querem lutar contra o capitalismo. Elas estão buscando ideias e uma organização que possam ajudá-las a fazer exatamente isto. Mas ainda não há nenhum ponto de referência viável, nenhum partido socialista de massas, nenhuma saída clara e confiável do edifício em chamas. Em consequência, a maioria das pessoas duvida que se possa levantar um desafio sério ao sistema e às suas instituições, e muito menos derrubá-lo totalmente. Isso explica o renascimento do interesse no reformismo.

A luta aberta das massas depois das eleições em Honduras só se equipara à greve de 1954 e ao movimento contra o golpe de Estado em 2009. É um dos maiores acontecimentos da luta de classes na história do país. Isso somente se pode explicar pelas grandes contradições concentradas na sociedade que colocaram o país à beira da revolução. Apesar de todo esse impulso revolucionário, Juan Orlando Hernández (JOH) acaba de prestar juramento como presidente, embora acossado pelos protestos populares que exigem sua saída. Trata-se de um governo profundamente desprestigiado e débil que se verá submetido à pressão dos trabalhadores que podem fazer com que não termine seus quatro anos de mandato.

A situação econômica que as massas enfrentam na Venezuela piorou consideravelmente no período natalino. Os problemas que já existiam pioraram, com os preços em espiral descontrolada, além do colapso do sistema de transporte e o agravamento da escassez (de alimentos, combustíveis e dinheiro). Isso levou a protestos dispersos e a incidentes de pilhagem.

Das pessoas entre 18 e 24 anos de idade, 24% veem a direita e as grandes empresas como as coisas mais perigosas do mundo atual. Em comparação, apenas 9% disseram o mesmo sobre os comunistas. Essas constatações de uma enquete da ComRes deixaram o establishment inquieto.

Os trabalhadores da Grã-Bretanha estiveram sob ataques dos patrões e do governo conservador durante anos. No entanto, muitos líderes sindicais não se mostram capazes de reagir. Essa é uma das razões pelas quais os sindicatos experimentaram, no ano passado, a maior queda da filiação desde que os registros começaram. A filiação total aos sindicatos hoje é de apenas 6,2 milhões de trabalhadores, comparados aos 13,2 milhões de 1979.

Ondas de protestos heroicos se espalharam rapidamente pelas cidades de todo o Irã durante as últimas duas semanas. Foi uma explosão espontânea de raiva da juventude de classe média baixa e da classe trabalhadora contra a pobreza, a elevação dos preços e a miséria, bem como contra a riqueza e a corrupção da elite iraniana – em especial do establishment clerical. Estima-se que 21 pessoas foram mortas nos protestos até agora e mais de 1.700 pessoas foram presas. Os líderes ocidentais de Washington a Londres imediatamente levantaram um coro defendendo os direitos humanos do povo iraniano.

Donald Trump saudou o Ano Novo em sua própria e inimitável forma: cercado por seu clã social e político no ambiente opulento de seu clube exclusivo Mar-a-Lago, na Flórida, acompanhado por um representativo grupo de todos os segmentos da sociedade estadunidense – de estrelas de cinema a bilionários.

O governo federal avança a toda velocidade tentando impor o ajuste disfarçado de reforma. Assim o conjunto de reformas tributária, previdenciária e trabalhista é de vital importância para o empresariado no governo, para aprofundar a transferência da crise capitalista mundial sobre as costas dos trabalhadores e do povo pobre.

O fato de que os principais partidos de oposição venezuelanos decidiram boicotar as eleições municipais de 10 de dezembro abriu espaço para candidatos que representam a ala revolucionária do movimento bolivariano se levantarem contra os candidatos selecionados oficialmente pelo partido dominante, o PSUV. A burocracia e o estado responderam usando todos os tipos de truques para evitar que concorram. As campanhas de Eduardo Samán em Caracas e de Angel Prado em Simón Planas (Lara) expuseram as contradições latentes dentro do chavismo.

No último dia do Seminário Liberdade e Independência Sindical da Esquerda Marxista, que aconteceu de 24 e 26 de novembro de 2017, em Joinville, Santa Catarina, definiram-se linhas de ação a partir dos debates realizados ao longo desta histórica atividade.

A eleição hondurenha está sendo decidida nas ruas; em todo o país surgiu uma rebelião popular contra a fraude eleitoral que está adquirindo caráter abertamente revolucionário. No dia 26 de novembro, os eleitores foram convocados às urnas. O atual presidente, Juan Orlando Hernández (JOH) é o herdeiro direto do golpe de estado de 2009, que derrubou Juan Manuel Zelaya. JOH mudou a lei para poder se reeleger e, como a votação não o favorece agora, está querendo mudar os resultados para se impor novamente na presidência.

Nos anos recentes, a luta contra a opressão de gênero e a discriminação com base na orientação sexual evoluiu para movimentos de massa em muitos países. Temos visto protestos em larga escala expressando descontentamento e revolta – acumulados por anos e décadas – contra a interferência exasperante de um sistema que não somente força a uma luta diária para pagar as contas, mas também reivindica o direito de decidir o que você pode ou não fazer na sua vida privada, com quem você pode se relacionar, sexual ou amorosamente, se você pode criar uma criança etc. e que sujeito qualquer um que não se encaixe nas normas da dita “família tradicional” a guetos sociais e legais.

A burguesia espanhola e seu aparato de Estado estão tratando de tirar vantagem do conflito na Catalunha para recompor a base social de apoio ao regime, depois do “golpe de autoridade” contra a Generalitat e a intervenção da autonomia catalã com o Artigo 155 da Constituição. Utilizam o narcótico do nacionalismo espanhol e sua bandeira para esconder a pilhagem a que é submetida a sociedade e a opressão que exercem sobre a classe trabalhadora.

O afastamento de Robert Mugabe na terça-feira, 21 de novembro, da presidência do Zimbábue após 37 anos no cargo reverberou por todo o sul da África. Em Uganda, fez emergir muitas tensões que se escondiam sob a superfície social.