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Em 14 de outubro, o governo equatoriano de Lenín Moreno revogou o decreto 883. Depois de dias de lutas e mobilizações que atingiram proporções insurrecionais, Moreno foi forçado a fazer uma importante concessão diante do perigo de ser derrubado por meios revolucionários. A revolta de trabalhadores, camponeses e estudantes alcançou uma primeira vitória, parcial, ao custo de oito mortos, 1.340 feridos e 1.192 detidos.

Nesta segunda-feira (14/10), a Suprema Corte espanhola proferiu sentenças contra doze presos políticos catalães envolvidos no referendo de outubro de 2017, incluindo nove ex-ministros, o presidente do parlamento catalão e dois líderes populares da sociedade civil. O processo continuou por quase dois anos, durante os quais nove deles foram mantidos em prisão preventiva. Como esperado, as sentenças foram duras: entre nove e 13 anos de prisão pelos nove detidos em prisão preventiva e multas e desqualificação do cargo público para os outros três.

O que começou como um protesto contra o pacote do FMI imposto pelo presidente Lenin Moreno se transformou em uma insurreição nacional que coloca a questão de quem governa o país. A enorme mobilização de massas forçou o governo a fugir da capital Quito e a fechar a Assembleia Nacional. Também começou a abrir rachaduras dentro das forças armadas. Para avançar, o movimento deve levantar a questão do poder.

Depois de uma conversa telefônica com o presidente da Turquia, Recep Tayyib Erdogan, no domingo passado, Donald Trump declarou de imediato que haviam chegado a um acordo sobre a retirada das tropas americanas das áreas Curdas do Norte da Síria e que havia dado luz verde a uma incursão Turca. A partir de ontem à tarde, a invasão começou.

O mais recente editorial de Révolution (a publicação francesa da CMI) argumenta que a tentativa de Macron de introduzir um “regime de pensão universal” (na realidade, um enorme ataque às aposentadorias) deve ser enfrentada através da organização de uma greve geral. Uma próxima greve por tempo indeterminado dos trabalhadores dos transportes em 5 de dezembro apresenta um ponto de convergência para todas as forças da classe trabalhadora, que devem ser mobilizadas durante os próximos dois meses para lutar, não somente para derrotar essa contrarreforma previdenciária, como também para dar um fim ao governo reacionário de Macron.

O anúncio pelo governo de Lenín Moreno de um pacote de contrarreformas econômicas no valor de 2,2 bilhões de dólares em 1 de outubro deu lugar a manifestações e greves massivas. O governo, que teme perder o controle da situação, respondeu com repressão brutal e ontem, 3 de outubro, declarou o estado de emergência durante 60 dias.

O movimento de massas para derrubar o presidente haitiano Jovenel Moïse se intensificou nas últimas semanas. Enfrentando severa escassez de combustíveis e alimentos e um governo totalmente inepto e corrupto, as massas tomaram as ruas mais uma vez para forçar o presidente a renunciar e para lutar por uma saída da profunda crise econômica e social. Greves e manifestações em massa fecharam o país durante várias semanas, com o movimento se transformando no último fim de semana em um levantamento nacional contra o governo de Moïse.

Sim! É verdade! Você leu corretamente. O presidente Donald Trump demitiu seu Conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, dizendo que seus serviços “não são mais necessários”.

Os mercados de ações embarcaram em uma montanha russa nos últimos meses, enquanto a errática política comercial de Trump leva a economia mundial à beira da recessão. Em um de seus últimos movimentos, Trump mais uma vez adiou parcialmente a introdução de novas tarifas, anunciadas por ele há semanas. Esse adiamento temporário pouco fará para resolver o conflito.

O movimento de massas de Hong Kong ganhou sua principal demanda: a retirada do odiado projeto de lei de extradição, que permitia a extradição para o continente de qualquer pessoa de quem o governo de Pequim suspeitasse de criminalidade ser. Mas nenhuma das outras demandas, como uma investigação independente sobre a brutalidade policial, foi conquistada.

O novo ministro do trabalho, Rolando Castro, um ex-sindicalista, iniciou uma cruzada contra o Sindicato de Trabalhadores do Instituto Salvadorenho de Previdência Social – STISSS. Utilizando-se do aparelho do Estado e com manobras “legais”, organizou um golpe de Estado contra a direção do sindicato. Esta direção, que havia sido eleita através de assembleia geral em 2018, foi destituída e expulsa da organização. Baseando-se numa assembleia inexistente com o apoio de credenciais “legais” do Ministério de Trabalho uma liga de marionetes comandada por Ricardo Monge, um velho burocrata sindicalista, controlam arbitrariamente hoje a direção do sindicato.

Atualmente, há um monte de tagarelices sobre alianças entre partidos e entre classes. A possibilidade de um Brexit sem acordo certamente fez com que as línguas se desatassem, particularmente entre os radicais de classe média como o jornalista Paul Mason.

A Grã-Bretanha está em meio a uma profunda crise, nunca vista nos tempos modernos. Há um reboliço geral. Não é só a visão de um jornal de esquerda, mas a visão oficial da classe dominante britânica.