Na quinta-feira (19/10) cerca de 50 marxistas chegaram em Londres e foram a uma caminhada turística, nos arredores da cidade, para ver onde Lenin viveu e trabalhou lá.
Rob Sweel da CMI guiou o passeio, que contou com camaradas vindos da Grã-Bretanha, França, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Grécia, Alemanha, Áustria, Espanha e Polônia. Vimos casa onde Lenin ficou quando escreveu seu texto filosófico “Materialismo e Empiriocriticismo“ em 1908, vimos onde Lenin e Trotsky se encontraram pela primeira vez.
Na quinta-feira à noite, os 50 camaradas lotaram o espaço acima do The Crown Tavern, na Clerkenwell Green, próximo da porta do prédio onde Lênin tinha um escritório quando trabalhou em Londres. Nesse local, Alan Woods da CMI falou por uma hora sobre a história do bolchevismo na Rússia, desde seu nascimento até a Revolução Russa de 1905.
Na sexta-feira (20), os camaradas visitaram o cemitério Highgate, onde Karl Marx está sepultado. Ben Gliniecki falou sobre os últimos dez anos da vida de Marx, durante o qual ele escreveu sua Crítica ao Programa de Gotha, apesar de sua enfermidade.
Os camaradas também leram extratos do discurso de Engels no túmulo de Marx, no qual ele fez um tributo às contribuições de Karl Marx para a luta proletária internacional.Todos se reuniram ao redor do túmulo de Marx e cantaram “A Internacional” em 10 diferentes idiomas.
Na sexta-feira à noite, cerca de 150 camaradas vindos de toda Grã- Bretanha e Europa reuniram-se no centro de Londres para uma conferência pela Revolução Russa, para celebrar seu centenário neste mês. A conferência estreou um novo documentário sobre a vida e as ideias de Leon Trotsky, produzido pela Corrente Marxista Internacional. Todos os presentes se juntaram, via transmissão ao vivo, à Esteban Volkov, neto de Leon Trotsky e diretor do Museu Casa de Leon Trotsky no México, que fez uma defesa vibrante de Trotsky e das ideias do bolchevismo genuíno.
A conferência foi encerrada por Alan Woods que falou sobre o significado da Revolução Russa para nós como revolucionários hoje.
No sábado (21), cerca de 250 camaradas reuniram-se no centro de Londres para uma série de discussões sobre a teoria e prática marxista. Foram feitas discussões sobre a crítica do marxismo ao pós-modernismo, terrorismo e capitalismo, economia marxista, fascismo, a anatomia da revolução, uma história das lutas na Irlanda, imperialismo, a história do socialismo na Escócia e sobre neoliberalismo e globalização. (Link dos textos em inglês)
No sábado à noite, 200 pessoas participaram da conferência em apoio a Jeremy Corbyn do Partido Trabalhista (Labor Party), que chegou ao poder com um programa socialista. Dois promissores sindicatos do transporte e dos trabalhadores do setor público escreveram para a conferência sobre Corbyn, socialismo e o impacto da revolução russa no movimento trabalhista britânico. Natasha Sorrel da União Nacional da Educação (sindicato de professores) e Socialist Appeal, e Rob Sweel editor do jornal Socialist Appeal também escreveram à conferência.
Finalmente, uma excelente coleta de cerca de £2.500 foi feita para a Corrente Marxista Internacional e muitos camaradas foram socializar em um bar depois da atividade!
Na segunda-feira (23) à tardecerca de 40camaradas de toda a Europa reuniram-se no Museu Britânico, onde Marx escreveu o Capital, para um passeio materialista-histórico dos artefatos que estão no museu. Isso incluiu um passeio na exibição especial sobre a História do Dinheiro, que foi apresentada de um ponto de vista marxista.
No geral, a semana foi excelente. Um camarada suíço, que nunca tinha participado de um evento internacional, disse que ele nunca teria esperado que ele poderia aprender tanto em tão poucos dias como ele tinha feito aqui. Outro camarada de Norwich, uma cidade do leste da Inglaterra, disse que ele estava maravilhado com a profundidade de conhecimento demonstrado na escola e também com o alcance da Corrente Marxista Internacional, com camaradas presentes de todo país e da Europa.
Ao todo, cerca de 300 pessoas participaram deste evento para celebrar o centenário da Revolução Russa, a esmagadora maioria deles são estudantes e jovens trabalhadores. Isso deve nos dar uma enorme confiança de que, 100 anos depois dos bolcheviques liderarem os trabalhadores e camponeses russos para a conquista do poder, centenas de pessoas ainda estão interessadas em continuar o trabalho de Lenin e Trotsky e lutar pela revolução socialista!